Atos dos Apóstolos 19
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2. Disse-lhes: Vós [já] recebestes o Espírito Santo [desde que] crestes? E eles lhe disseram: Nós nem tínhamos ouvido falar que havia Espírito Santo.
3. E ele lhes disse: Em que vós fostes batizados? E eles disseram: No batismo de João.
4. Então Paulo disse: João verdadeiramente batizou [com] o batismo do arrependimento, dizendo ao povo que cressem naquele que viria após ele, isto é, em Jesus Cristo.
5. Ao ouvirem [isto], eles foram batizados no nome do Senhor Jesus.
6. E Paulo, impondo-lhes as mãos, veio sobre eles o Espírito santo; e falavam em línguas, e profetizavam.
7. E todos os homens eram cerca de doze.
8. E ele, entrando na sinagoga, falava ousadamente durante três meses, disputando e persuadindo as coisas do Reino de Deus.
9. Mas quando alguns se endureceram, e não creram, e falando mal do Caminho [de Jesus] diante da multidão, ele se desviou deles; e separou aos discípulos, disputando a cada dia na escola de um certo Tirano.
10. E isto aconteceu durante dois anos; de tal maneira que todos os que habitavam na Ásia tinham ouvido a palavra do Senhor Jesus, tanto judeus como gregos.
11. E Deus fazia milagres extraordinários pelas mãos de Paulo,
12. De tal maneira que até os lenços e aventais de seu corpo eram levados aos enfermos, e as doenças os deixavam, e os espíritos malignos saíam deles.
13. E alguns exorcistas dos judeus, itinerantes, tentaram invocar o nome do Senhor Jesus sobre os que tinham espíritos malignos, dizendo: Nós vos repreendemos sob juramento por Jesus, a quem Paulo prega.
14. E eram sete filhos de Ceva, judeu, chefe dos sacerdotes, os que faziam isto.
15. Mas respondendo o espírito maligno, disse: Eu conheço a Jesus, e sei [quem é] Paulo; mas vós, quem sois?
16. E o homem em quem estava o espírito maligno saltou sobre eles, e os dominando, foi mais forte do que eles; de tal maneira que eles fugiram nus e feridos daquela casa.
17. E isto se fez conhecido a todos que habitavam em Éfeso, tanto a judeus como a gregos; e caiu temor sobre todos eles; e [assim] foi engrandecido o nome do Senhor Jesus.
18. E muitos dos que criam vinham, e declaravam os suas atitudes.
19. Também muitos dos que seguiam artes curiosas trouxeram seus livros, e [os] queimaram na presença de todos; e calcularam o preço deles, e acharam que [custavam] cinquenta mil [moedas] de prata.
20. Assim crescia e prevalecia poderosamente a palavra do Senhor.
21. E quando se cumpriram estas coisas, Paulo propôs em espírito que, passando pela Macedônia e Acaia, ir até Jerusalém, dizendo: Depois de eu estar lá, também tenho que ver Roma.
22. E ele, tendo enviado à Macedônia dois daqueles que o serviam, Timóteo e Erasto, ele ficou por [algum] tempo na Ásia.
23. Mas naquele tempo aconteceu um não pequeno alvoroço quanto ao caminho [de Jesus].
24. Porque um certo artífice de prata, de nome Demétrio, que fazia objetos de prata para o templo de Diana ([que é Ártemis]), e dava não pouco lucro aos artesãos.
25. Aos quais, tendo os reunido com os trabalhadores de semelhantes coisas, ele disse: Homens, vós sabeis que deste ofício temos nossa prosperidade.
26. E vós estais vendo e ouvindo que este Paulo, não somente em Éfeso, mas até quase em toda a Ásia, tem persuadido e apartado uma grande multidão, dizendo que não são deuses os que são feitos com as mãos.
27. E não somente há perigo de que isto torne [nosso] ofício em desprezo, mas também que [até] o tempo da grande deusa Diana seja considerado inútil, e que a grandiosidade dela, a quem toda a Ásia e o mundo venera, venha a ser destruída.
28. E eles, ao ouvirem [estas coisas], encheram-se de ira, e clamaram, dizendo: Grande é a Diana dos efésios!
29. E toda a cidade se encheu de tumulto, e em concordância eles invadiram ao teatro, tomando consigo a Gaio e a Aristarco, macedônios, companheiros de Paulo na viagem.
30. E Paulo, querendo sair ao povo, os discípulos não o permitiram.
31. E também alguns dos líderes da Ásia, que eram amigos dele, enviaram-lhe [aviso], rogando[-lhe] para que não se apresentasse no teatro.
32. Então gritavam, [alguns de uma maneira], outros de outra [maneira]; porque o ajuntamento [de pessoas] era confuso; e a maioria não sabia por que causa estavam juntos.
33. E tiraram da multidão a Alexandre, os judeus o pondo para a frente. E Alexandre, acenando com a mão, queria [se] defender ao povo.
34. Mas ao saberem que ele era judeu, levantou-se uma voz de todos, clamando por cerca de duas horas: Grande é a Diana dos efésios!
35. E o escrivão, tendo apaziguado a multidão, disse: Homens efésios, quem não sabe que a cidade dos efésios é a guardadora do templo da grande deusa Diana, e da [imagem] que desceu do céu?
36. Portanto, sendo que estas coisas não podem ser contraditas, vós deveis vos acalmar, e nada façais precipitadamente;
37. Porque vós trouxestes [aqui] estes homens, que nem são sacrílegos, nem blasfemam de vossa deusa.
38. Então se Demétrio e os artesãos que estão com ele tem algum assunto contra ele, os tribunais estão abertos, e há procônsules; que se acusem uns aos outros.
39. E se procurais alguma outra coisa, será decidido em uma reunião legalizada.
40. Porque corremos perigo de que hoje sejamos acusados de rebelião, tendo causa nenhuma para dar como explicação para este tumulto.
41. E tendo dito isto, despediu o ajuntamento.