Evangelho Segundo Lucas 16
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2. E ele, chamando-o, disse-lhe: Como ouço isto sobre ti? Presta contas de teu trabalho, porque não poderás mais ser [meu] mordomo.
3. E disse o mordomo para si mesmo: O que farei, agora que meu senhor está me tirando o trabalho de mordomo? Cavar eu não posso; mendigar eu tenho vergonha.
4. Eu sei o que farei, para que, quando eu for expulso do meu trabalho de mordomo, me recebam em suas casas.
5. E chamando a si a cada um dos devedores de seu senhor, disse ao primeiro: Quanto deves a meu senhor?
6. E ele disse: Cem medidas de azeite. E disse-lhe: Pega a tua conta, senta, e escreve logo cinquenta.
7. Depois disse a outro: E tu, quanto deves? E ele disse: Cem volumes de trigo. E disse-lhe: Toma tua conta, e escreve oitenta.
8. E aquele senhor elogiou o injusto mordomo, por ter feito prudentemente; porque os filhos deste mundo são mais prudentes do que os filhos da luz com esta geração.
9. E eu vos digo: fazei amigos para vós com as riquezas da injustiça, para que quando vos faltar, vos recebam nos tabernáculos eternos.
10. Quem é fiel no mínimo, também é fiel no muito; e quem é injusto no mínimo, também é injusto no muito.
11. Pois se nas riquezas da injustiça não fostes fiéis, quem vos confiará as verdadeiras [riquezas]?
12. E se nas [coisas] dos outros não fostes fiéis, quem vos dará o que é vosso?
13. Nenhum servo pode servir a dois senhores; porque ou irá odiar a um, e a amar ao outro; ou irá se achegar a um, e desprezar ao outro. Não podeis servir a Deus e às riquezas.
14. E os fariseus também ouviram todas estas coisas, eles que eram avarentos. E zombaram dele.
15. E disse-lhes: Vós sois os que justificais a vós mesmos diante dos seres humanos; mas Deus conhece vossos corações. Porque o que é excelente para os seres humanos é odiável diante de Deus.
16. A Lei e os profetas [foram] até João; desde então, o Reino de Deus é anunciado, todo homem [tenta entrar] nele pela força.
17. E é mais fácil passar o céu e a terra do que cair um traço de alguma letra da Lei.
18. Qualquer que deixa sua mulher, e casa com outra, adultera; e qualquer que se casa com a deixada pelo marido, [também] adultera.
19. Havia porém um certo homem rico, e vestia-se de púrpura, e de linho finíssimo, e festejava todo dia com luxo.
20. Havia também um certo mendigo, de nome Lázaro, o qual ficava deitado à sua porta cheio de feridas.
21. E desejava se satisfazer com as migalhas que caíam da mesa do rico; porém vinham também os cães, e lambiam suas feridas.
22. E aconteceu que o mendigo morreu, e foi levado pelos anjos para o colo de Abraão. E o rico também morreu, e foi sepultado.
23. E estando no mundo dos mortos em tormentos, ele levantou seus olhos, e viu a Abraão de longe, e a Lázaro em seu colo.
24. E ele, chamando, disse: Pai Abraão, tem misericórdia de mim, e manda a Lázaro que molhe a ponta de seu dedo na água, e refresque a minha língua; porque estou sofrendo neste fogo.
25. Porém Abraão disse: Filho, lembra-te que em tua vida recebeste teus bens, e Lázaro do mesmo jeito [recebeu] males. E agora este é consolado, e tu [és] atormentado.
26. E, além de tudo isto, um grande abismo está posto entre nós e vós, para os que quisessem passar daqui para vós não possam; nem também os daí passarem para cá.
27. E disse ele: Rogo-te, pois, ó pai, que o mandes à casa de meu pai.
28. Porque tenho cinco irmãos, para que lhes dê testemunho; para que também não venham para este lugar de tormento.
29. Disse-lhe Abraão: Eles têm a Moisés e aos profetas, ouçam-lhes.
30. E ele disse: Não, pai Abraão; mas se alguém dos mortos fosse até eles, eles se arrependeriam.
31. Porém [Abraão] lhe disse: Se não ouvem a Moisés e aos profetas, também não se deixariam convencer, ainda que alguém ressuscite dos mortos.