Evangelho Segundo Lucas 19
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2. E eis que havia ali um homem, chamado pelo nome de Zaqueu, e este era chefe dos cobradores de impostos, e era rico.
3. E procurava ver quem era Jesus, e não podia, por causa da multidão, pois era pequeno de altura.
4. E correndo com antecedência, subiu em uma árvore de frutos que parecem figos, para o ver; porque ele passaria por ali.
5. E quando Jesus chegou a aquele lugar, olhando para cima, o viu, e disse-lhe: Zaqueu, apressa-te, e desce; porque hoje é necessário que eu fique em tua casa.
6. E apressando-se, desceu, e o recebeu com alegria.
7. E todos, vendo [isto], murmuravam, dizendo: Ele entrou para se hospedar com um homem pecador.
8. E Zaqueu, levantando-se, disse ao Senhor: Senhor, eis que dou a metade de meus bens aos pobres; e se eu consegui algo enganando a alguém, eu [o] devolvo quatro vezes mais.
9. E Jesus lhe disse: Hoje houve salvação nesta casa, porque ele também é filho de Abraão.
10. Porque o Filho do homem veio para buscar, e para salvar o que tinha se perdido.
11. E ouvindo eles estas coisas, [Jesus] prosseguiu, e disse uma parábola, porque estava perto de Jerusalém, e pensavam que logo o Reino seria manifesto.
12. Disse, pois: Um certo homem nobre partiu para uma terra distante.
13. E chamando dez servos seus, deu-lhes dez minas, e disse-lhes: Investi até que eu venha;
14. E seus cidadãos o odiavam; e mandaram representantes depois dele, dizendo: Não queremos que este reine sobre nós.
15. E aconteceu que, quando ele voltou, tendo tomado o reino, disse que lhe chamassem a aqueles servos, a quem tinha dado o dinheiro, para saber o que cada um tinha ganho fazendo investimentos.
16. E veio o primeiro, dizendo: Senhor, tua mina rendeu outras dez minas.
17. E ele lhe disse: Ótimo, bom servo! Por teres sido fiel no pouco, terás autoridade sobre dez cidades.
18. E veio o segundo, dizendo: Senhor, tua mina rendeu cinco minas.
19. E disse também a este: E tu [governarás] cinco cidades.
20. E veio outro, dizendo: Eis aqui tua mina, que guardei em um lenço.
21. Porque tive medo de ti, que és um homem rigoroso, que tomas o que não puseste, e colhes o que não semeaste.
22. Porém ele lhe disse: Servo mau, por tua boca eu te julgarei; tu sabias que eu era um homem rigoroso, que tomo o que não pus, e que colho o que não semeei;
23. Por que, então, não puseste meu dinheiro no banco; e quando eu viesse, o receberia de volta com juros?
24. E disse aos que estavam com ele: Tirai-lhe a mina, e dai-a ao que tem as dez minas.
25. E eles lhe disseram: Senhor, ele [já] tem dez minas.
26. [O senhor respondeu:] Porque eu vos digo, que todo aquele que tiver, lhe será dado; mas ao que não tiver, até o que tem, lhe será tirado.
27. Porém a aqueles meus inimigos, que não quiseram que eu reinasse sobre eles, trazei[-os] aqui, e matai[-os] diante de mim.
28. E dito isto, ele foi caminhando adiante, subindo para Jerusalém.
29. E aconteceu que, chegando perto de Betfagé, e de Betânia, ao monte chamado das Oliveiras, mandou a dois de seus discípulos,
30. Dizendo: Ide à aldeia que está em frente; onde, ao entrardes, achareis um potro atado, em que ninguém jamais se sentou; soltai-o, e trazei[-o].
31. E se alguém vos perguntar: Por que [o] soltais? Direis assim a ele: Porque o Senhor precisa dele.
32. E indo os que tinham sido mandados, acharam como lhes disse:
33. E soltando o potro, seus donos lhe disseram: Por que soltais o potro?
34. E eles disseram: O Senhor precisa dele.
35. E o trouxeram a Jesus; e lançando suas roupas sobre o potro, puseram Jesus montado nele.
36. E indo ele andando, estendiam suas roupas pelo caminho.
37. E quando já chegava perto da descida do monte das Oliveiras, toda a multidão de discípulos, com alegria começou a louvar a Deus em alta voz, por todas as maravilhas que tinham visto,
38. Dizendo: Bendito o Rei que vem em nome do Senhor; paz no céu, e glória nas alturas.
39. E alguns dos fariseus da multidão lhe disseram: Mestre, repreende a teus discípulos.
40. E respondendo ele, disse-lhes: Digo-vos, que se estes se calarem, as pedras clamariam.
41. E quando já estava chegando, viu a cidade, e chorou por causa dela,
42. Dizendo: Ah, se tu também conhecesses, pelo menos neste teu dia, aquilo que lhe traria paz! Mas agora [isto] está escondido de teus olhos.
43. Porque dias virão sobre ti, em que teus inimigos lhe cercarão com barricadas, e ao redor te sitiarão, e lhe pressionarão por todos os lados.
44. E derrubarão a ti, e a teus filhos; e não deixarão em ti pedra sobre pedra, porque não conheceste o tempo em que foste visitada.
45. E entrando no Templo, começou a expulsar a todos os que vendiam e compravam ali,
46. Dizendo-lhes: Está escrito: Minha casa é casa de oração; Mas vós a tendes feito um esconderijo de ladrões.
47. E ensinava diariamente no Templo; e os chefes dos sacerdotes, e os escribas, e os chefes do povo, procuravam matá-lo.
48. E não achavam como fazer, porque todo o povo o ouvia com muita atenção.