Evangelho Segundo Marcos 14
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✔️1 ✔️2 ✔️3 ✔️4 ✔️5 ✔️6 ✔️7 ✔️8 ✔️9 ✔️10 ✔️11 ✔️12 ✔️13 ✔️14 ✔️15 ✔️161. E dali a dois dias era a Páscoa, e [a festa dos pães] asmos; e os chefes dos sacerdotes, e os escribas buscavam um meio de prendê-lo através de engano, e [o] matarem.
2. Diziam, porém: Não na festa, para que não venha a haver tumulto entre o povo.
3. E estando ele em Betânia, em casa de Simão o Leproso, sentado [à mesa], veio uma mulher, que tinha um vaso de alabastro, de óleo perfumado de nardo puro, de muito preço, e quebrando o vaso de alabastro, derramou-o sobre a cabeça dele.
4. E houve alguns que se irritaram em si mesmos [com aquilo], e disseram: Para que foi feito este desperdício do óleo perfumado?
5. Porque isto podia ter sido vendido por mais de trezentos dinheiros, e seria dado aos pobres. E reclamavam contra ela.
6. Porém Jesus disse: Deixai-a; por que a incomodais? Ela tem me feito boa obra.
7. Porque pobres sempre [os] tendes convosco; e quando quiserdes, podeis lhes fazer bem; porém a mim, nem sempre me tendes.
8. Esta fez o que podia; se adiantou para ungir meu corpo, para [preparação de minha] sepultura.
9. Em verdade vos digo, que onde quer que em todo o mundo este Evangelho for pregado, também o que esta fez será dito em sua memória.
10. E Judas Iscariotes, um dos doze, foi aos chefes dos sacerdotes, para o entregar a eles.
11. E eles ouvindo, alegraram-se; e prometeram lhe dar dinheiro; e buscava como o entregaria em tempo oportuno.
12. E o primeiro dia dos [pães] asmos, quando sacrificavam [o cordeiro da] Páscoa, seus discípulos lhe disseram: Onde queres, que vamos preparar para comerdes a Páscoa?
13. E mandou dois de seus discípulos, e disse-lhes: Ide à cidade, e um homem que leva um cântaro de água vos encontrará, a ele segui.
14. E onde quer que ele entrar, dizei ao senhor da casa: O Mestre diz: Onde está o cômodo onde comerei Páscoa com meus discípulos?
15. E ele vos mostrará um grande salão, ornado e preparado; ali preparai [a ceia] para nós.
16. E seus discípulos saíram, e vieram à cidade, e acharam como lhes tinha dito, e prepararam a Páscoa.
17. E vinda a tarde, veio com os doze.
18. E quando se sentaram [à mesa], e comeram, Jesus disse: Em verdade vos digo, que um de vós, que está comendo comigo, me trairá.
19. E eles começaram a se entristecer, e a lhe dizer um após outro: Por acaso sou eu? E outro: Por acaso sou eu?
20. Porém respondendo ele, disse-lhes: [É] um dos doze, o que está molhando [a mão] comigo no prato.
21. Em verdade o Filho do homem vai, como está escrito sobre ele; mas ai daquele homem, por quem o Filho do homem é traído; bom lhe fosse ao tal homem não haver nascido.
22. E comendo eles, tomou Jesus o pão; e bendizendo partiu-o, e deu-lhes, e disse: Tomai, comei, isto é o meu corpo.
23. E tomando o copo, e dando graças, deu-lhes; e todos beberam dele.
24. E disse-lhes: Isto é o meu sangue, [o sangue] do novo testamento, que é derramado por muitos.
25. Em verdade vos digo, que não beberei mais do fruto da vide, até aquele dia, quando o beber novo no Reino de Deus.
26. E cantando um hino, saíram para o monte das Oliveiras.
27. E Jesus lhes disse: Todos vós vos ofendereis em mim esta noite; porque está escrito: Ferirei ao pastor, e as ovelhas serão dispersas.
28. Mas depois de eu haver ressuscitado, irei adiante de vós para a Galileia.
29. E Pedro lhe disse: Ainda que todos se ofendam, não porém eu.
30. E disse-lhe Jesus: Em verdade te digo, que hoje, nesta noite, antes que o galo cante duas vezes, me negarás três vezes.
31. Mas ele muito mais dizia: Ainda que me seja necessário morrer contigo, em maneira nenhuma te negarei. E todos diziam também da mesma maneira.
32. E vieram ao lugar, cujo nome era Getsêmani, e disse a seus discípulos: Sentai-vos aqui, enquanto eu oro.
33. E tomou consigo a Pedro, e a Tiago, e a João, e começou a se apavorar, e a angustiar-se em grande maneira.
34. E disse-lhes: Minha alma totalmente está triste até a morte; ficai-vos aqui, e vigiai.
35. E indo-se um pouco mais adiante, prostrou-se em terra; e orou, que se fosse possível, passasse dele aquela hora.
36. E disse: Aba, Pai, todas as coisas te são possíveis; passa de mim este copo; porém não [se faça] o que eu quero, mas sim o que tu [queres].
37. Então veio, e os achou dormindo; e disse a Pedro: Simão, estás dormindo? Não podes vigiar uma hora?
38. Vigiai, e orai, para que não entreis em tentação; o espírito em verdade [está] pronto, mas a carne [é] fraca.
39. E indo novamente, orou, dizendo as mesmas palavras.
40. E voltando, achou-os outra vez dormindo; porque seus olhos estavam pesados, e não sabiam o que lhe responder.
41. E veio a terceira vez, e disse-lhes: Dormi já e descansai. Basta, vinda é a hora. Eis que o Filho do homem é entregue em mãos dos pecadores.
42. Levantai-vos, vamos; eis que o que me trai está perto.
43. E logo, falando ele ainda, veio Judas, que era um dos doze, e com ele uma grande multidão, com espadas e bastões, da parte dos chefes dos sacerdotes, e dos escribas, e dos anciãos.
44. E o que o traía lhes tinha dado um sinal comum, dizendo: Ao que eu beijar, é esse; prendei-o, e levai-o em segurança.
45. E quando veio, logo foi-se a ele, e disse-lhe: Rabi, Rabi, e o beijou.
46. E lançaram suas mãos nele, e o prenderam.
47. E um dos que estavam presentes ali puxando a espada, feriu ao servo do sumo sacerdote, e cortou-lhe a orelha.
48. E respondendo Jesus, disse-lhes: Como a assaltante, com espadas e bastões, saístes para me prender?
49. Todo dia convosco estava no Templo ensinando, e não me prendestes; mas [assim se faz] para que as Escrituras se cumpram.
50. Então, deixando-o, todos fugiram.
51. E um certo rapaz o seguia, envolto em um lençol sobre o [corpo] nu. E os rapazes o seguraram.
52. E ele, largando o lençol, fugiu deles nu.
53. E levaram Jesus ao sumo sacerdote; e juntaram-se a ele todos os chefes dos sacerdotes, e os anciãos, e os escribas.
54. E Pedro o seguiu de longe até dentro da sala do sumo sacerdote, e estava sentado juntamente com os trabalhadores, e esquentando-se ao fogo.
55. E os chefes dos sacerdotes, e todo o tribunal buscavam [algum] testemunho contra Jesus, para o matarem, e não [o] achavam.
56. Porque muitos testemunhavam falsamente contra ele; mas os testemunhos não concordavam entre si.
57. E levantando-se uns testemunhava falsamente contra ele, dizendo:
58. Nós o ouvimos dizer: Eu derrubarei este templo feito de mãos, e em três dias edificarei outro, feito sem mãos.
59. E nem assim era o testemunho deles concordante.
60. E levantando-se o sumo sacerdote no meio, perguntou a Jesus, dizendo: Não respondes nada? Que testemunham estes contra ti?
61. Mas ele calava, e nada respondeu. O sumo sacerdote voltou a lhe perguntar, e disse-lhe: Tu és o Cristo, o Filho do [Deus] bendito?
62. E Jesus disse: Eu sou; e vereis ao Filho do homem sentado à direita do poder [de Deus], e vir nas nuvens do céu.
63. E o sumo sacerdote, rasgando suas roupas, disse: Para que mais necessitamos de testemunhas?
64. Tendes ouvido a blasfêmia; que vos parece? E todos o condenaram por culpado de morte.
65. E alguns começaram a cuspir nele, e a cobrir-lhe o rosto; e a dar-lhe de socos, e dizer-lhe: Profetiza. E os trabalhadores lhe davam bofetadas.
66. E estando Pedro embaixo na sala, veio uma das servas do sumo sacerdote;
67. E vendo a Pedro, que se sentava esquentando, olhou para ele, e disse: Também tu estavas com Jesus o Nazareno.
68. Mas ele o negou, dizendo: Não [o] conheço, nem sei o que dizes: E saiu-se fora ao alpendre; e cantou o galo.
69. E a serva vendo-o outra vez, começou a dizer aos que ali estavam: Este é um deles.
70. Mas ele o negou outra vez. E pouco depois disseram os que ali estavam outra vez a Pedro: Verdadeiramente tu és um deles; pois também és galileu, e tua fala é semelhante.
71. E ele começou a amaldiçoar e a jurar, [dizendo]: Não conheço a esse homem que dizeis.
72. E o galo cantou a segunda vez. E Pedro se lembrou da palavra que Jesus lhe tinha dito: Antes que o galo cante duas vezes, tu me negarás três vezes. E retirando-se dali, chorou.